12
Maio
MATÉRIA
Sistema CRISPR/Cas9 pode ajudar na prevenção de doenças infecciosas
Como o sistema é um facilitador para a geração de modificações precisas nos genomas dos organismos é possível que ele nos aproxime da meta de desenvolver linhagens de parasitos modificados geneticamente que sejam inábeis para causar a doença, mas que permitam resposta imune duradoura que os torne potenciais linhagens vacinais
Essa nova ferramenta pode facilitar a descoberta de novas drogas ou permitir a prevenção de doenças genéticas inatas ou adquiridas ou patologias causadas por agentes infecciosos. A tecnologia CRISPR/Cas9 pode ainda contribuir com a aceleração das investigações relacionadas às modificações genéticas de insetos vetores de doenças. O sistema representa uma enorme facilitação nos processos de edição de genes dos mais diversos organismos e seus desdobramentos são importantes para o conhecimento puro, a ciência básica, bem como podem abrir novos horizontes na ciência aplicada.Imagine um sistema que permita editar o DNA genômico nas células e organismos de forma precisa e metodologicamente descomplicada e ainda promovendo implicações marcantes na pesquisa básica, na medicina e na biotecnologia. Uma ferramenta eficiente, prática e simples que possibilite trabalhar em larga escala sobre os genomas e prever uma significativa aceleração nos processos de análise de função gênica. Pois ela existe e já é uma realidade no Brasil. Trata-se do Sistema CRISPR/Cas9.
27
Outubro
OFICINAS PROFISSIONALIZANTES
Oficinas Profissionalizantes superam as expectativas
Entre os dias 16 e 21 deste mês, ocorreu nas dependências da unidade Lauro de Freitas o evento "OFICINAS PROFISSIONALIZANTES", onde ao longo da semana ocorreram uma série de palestras e oficinas relacionadas as áreas afins dos cursos de graduação oferecidos pela instituição.
Durante as oficinas, os alunos puderam entrar em contato com procedimentos práticos a serem realizados no dia a dia da sua profissão, mesclando-se assim, o conteúdo teórico com o prático.
O professor Marcus Peralva, o qual ministrou a Oficina "Doenças de pele e os efeitos das cirurgias plásticas sobre o corpo humano", relatou a importância de se abordar temas correlatos as disciplinas cursadas pelos discentes, afim dos mesmos compreenderem os intempéries da sua formação. Segundo o professor: "Na disciplina de Anatomia Humana, os alunos chegam a estudar sobre doenças de pele de forma bem breve, mas a questão das cirurgias plásticas nem chegam a ser discutidas. Um ponto importante que quis mostrar aos alunos se refere aos efeitos positivos, mas ao mesmo tempo negativo das cirurgias plásticas sobre o corpo. Os alunos, por exemplo, não se atentam que a inserção de silicone no peito, podem causar sérios problemas a coluna vertebral, podendo acarretar em Lordose, por exemplo. Nos preocupamos muito em ver a parte "boa" das intervenções cirúrgicas, mas este tipo de ação sempre acaba causando algum efeito adverso sobre o corpo. É preciso colocar os efeitos sobre a balança para saber se vale a pena ou não realizar tais intervenções".
Confira nas imagens abaixo algumas das atividades desenvolvidas junto aos participantes das oficinas.
07
Setembro
MATÉRIA
Coccidioidomicose: médicos e demais profissionais da saúde devem ficar alertas
Há poucas semanas, três pessoas de uma mesma família residente em Serra Talhada, Sertão do Pajeú (PE), foram diagnosticadas com coccidioidomicose, uma doença respiratória causada pelo fungo Coccidioides posadasii (C. immitis). Esta é a primeira vez em que a enfermidade é notificada no estado. A doença tem sido diagnosticada principalmente no Piauí e no Ceará, com poucos casos no Maranhão e raros casos na Bahia e agora em Pernambuco. De acordo com o Médico infectologista da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina (PI), Kelsen Eulálio, os casos brasileiros residem ou procedem do nordeste, pois o fungo responsável pela doença sobrevive e se multiplica bem em áreas desérticas ou semi-áridas. Ainda segundo ele, a ocorrência dos primeiros diagnósticos no sertão pernambucano já era esperada há bastante tempo, uma vez que as condições climáticas e ambientais existentes eram similares àquelas identificadas no Piauí e no Ceará. Nos casos diagnosticados no Piauí, a letalidade da doença foi de aproximadamente 8%.
A maior dificuldade em diagnosticar a infecção consiste em não considerá-la, uma vez que a coccidioidomicose pode ser facilmente confundida com outras doenças. “Muitos casos devem estar sendo erroneamente diagnosticados como pneumonia inespecífica (os casos mais agudos) ou tuberculose (casos com sintomatologia mais arrastada) e outros são certamente subdiagnosticados. O maior número de diagnósticos no Piauí se deve a cooperação de longa data da Fiocruz-RJ com a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e serviços ligados à Secretaria de Saúde do Estado do Piauí, com capacitação de médicos e pessoal de laboratório para reconhecimento clínico da doença e identificação laboratorial do fungo”, assinala o especialista ao lembrar que a coccidioidomicose não é doença de notificação compulsória, à semelhança do que ocorre para outras micoses sistêmicas.