Faculdade Maurício de Nassau UNINASSAU | Ser Educacional
17 Junho
PEDAGOGIA
Oficina reúne alunos de pedagogia de Vitória da Conquista, Dorotéas e Parangaba
Por Gilma Benjoino

A iniciativa ocorreu na última terça-feira (16)

16 Junho
EAD
Alunos Pedagogia discutem ANDRAGOGIA: Educação à Distância
Por Gilma Benjoino

O debate será nesta quarta (17)

16 Junho
LIVE
Encontro sobre rotinas na Educação Infantil
Por Gilma Benjoino

Confira

11 Junho
LIVE
Alunos do 5º período de pedagogia promovem lives
Por Gilma Benjoino

A iniciativa foi entre os dias 3 e 5 de junho

10 Junho
Vitória da Conquista
Carta ao Racismo- EU RESISTO! Egresso Pedagogia
Por Gilma Benjoino

Eu resisto! Eu resistirei, sempre!

“Brazil livre: extinção da escravidão” é o que se lê na primeira página da Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro na manhã do dia 14 de maio de 1888. Mas quem disse que a escravidão acabou com a instituição da Lei Imperial de n° 3.353, sancionada no dia anterior à publicação dessa notícia? Quem disse que as diferenças socio-econômicas provocadas pela escravidão deixaram de existir pela simples assinatura da princesa?

Eu ainda ouço o estalar do chicote do feitor; ainda ouço os gemidos dos meus irmãos; ainda ouço as súplicas, lamentos...  ainda vejo dor. Perdoa-me, caro leitor, ouvinte, espectador! Estamos em pleno século XXl, e eu ainda estou falando de algo que deveras já ter sido encerrado, mas ainda sonho com a liberdade e a emancipação do meu povo. Talvez, por isso, eu seja considerado a pedrinha no sapato do Senhor da Casa Grande.

Vocês devem estar se perguntando: − Chicote? Feitor? Gemidos? Dor? Eu vos respondo com apenas uma palavra: − RACISMO.

O Racismo é o chicote invisível com o qual os feitores, desta época, atormentam o meu povo. O Racismo é a arma silenciosa que oprime, massacra, destrói e é responsável pela morte de um jovem negro a cada 23 minutos. O Racismo escraviza negros, vermelhos, amarelos e brancos, pobres ou ricos, da criança ao idoso.

−  Mas Racismo não existe. Isso é neura de preto.

− É, o racismo não existe mesmo, “é coisa de preto”, invenção da nossa cabeça ou talvez seja nossa luta por “privilégios”.

− Mas, se o racismo não existe, porque há poucos negros na TV? Se o racismo não existe, por que não há mais de nós em lugares de destaque? Se o racismo não existe, por que a maior parte dos produtos não são pensandos para nós?  Não somos todos iguais?

O discurso de igualdade tem invadido as nações, mas, infelizmente, eu não vejo igualdade, pelo contrário, tudo continua desigual. A minha cor ainda está vinculada a personificação do mal. O meu cabelo crespo ainda é considerado ruim. As mulheres do meu povo ainda são vistas como objetos sexuais, e os nossos homens continuam sendo vistos como os machos reprodutores, comparados a animais sem racionalidade alguma. Tudo isso me leva ao questionamento que não quer calar: quando que as pessoas vão perceber que estamos lidando com um problema letal? Ou melhor, até quando ficaremos inertes? Até quando permitiremos que o racismo tome tudo, inclusive nossa vontade de viver? Até quando?

Somos 54% da população do nosso país, não devemos nos contentar com as sobras e migalhas. Queremos mais negros que nos represente na TV, no Senado, nas Universidades, nas Empresas e em lugares de destaque. Pela lógica, consumimos a maior parte de produtos; desejamos, portanto, que os produtos que consumimos também sejam pensados para nós.

Agora me resta sonhar; sonhar com o dia em que de fato seremos livres e que a igualdade social seja de fato algo real e não fictícia. Esse é o meu sonho negro.  Como homem de pele retinta, resisto; pelo meu povo, resisto; por minhas raízes, resisto; pelos meus sonhos, eu resisto.

Iniciei o curso de Pedagogia em Fevereiro de 2016, escrevi essa carta em 2017, concluí o curso em dezembro de 2019, e hoje, esse documento continua atual. Continuo afirmano: EU RESISTO!!! EU RESISTIREI, SEMPRE!

Kayque Borel

 

Aluno egresso do curso de Pedagogia – Faculdade Uninassau – Vitória da Conquista

08 Junho
OFICINA
Oficina Profissionalizante: Cantos e Encantos de Nossa Africanidade
Por Gilma Benjoino

A iniciativa foi em cumprimento das ações desenvolvidas dentro das da disciplina aspectos sócio-antropológico

02 Junho
OFICINAS
Chega na Live - Oficina Profissionalizante para o curso de pedagogia
Por Gilma Benjoino

Confira as informações

02 Junho
OFICINA
Oficina Profissionalizante - Pedagogia
Por Gilma Benjoino

A iniciativa foi realizada no dia 12 de maio