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05 Novembro
NOTÍCIA
Campanha da OMS: Não esqueça a hanseníase!
Autor: Priscilla Lima

Um alerta global chama a atenção para a importância de manter as políticas de controle da hanseníase; só no Brasil os diagnósticos se reduziram à metade durante a pandemia.

A Campanha global “Não esqueça a hanseníase” chama a atenção de governos, organizações e da população para a importância de manter as ações de controle da doença durante a pandemia de Covid-19.

A iniciativa é liderada pelo embaixador da boa vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS), Yohei Sasakawa e, no Brasil, é conduzida pelo Movimento pela Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). O país ocupa o segundo lugar em prevalência da hanseníase, atrás apenas da Índia.

A hanseníase,  conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Mycobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.

A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. 

“A hanseníase tem cura e, uma vez iniciado o tratamento, deixa de ser transmissível. Por isto é fundamental o diagnóstico precoce, inclusive com busca ativa. As equipes de Enfermagem, sobretudo as que atuam na Estratégia de Saúde da Família (ESF), devem estar atentas a possíveis casos”, afirma a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos. O Cofen aderiu à campanha, que já conta com apoio de diversas entidades, incluindo o Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Fontes: OMS, COFEN, MS, 2021.

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