Faculdade Maurício de Nassau UNINASSAU | Ser Educacional
16 Maio
15 de maio
Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares
Autor: Daniel Fortes

*Texto produzido pelo professor Mestre Daniel Porto Barbosa

 

Quando se fala em ambiente hospitalar, existe um grande cuidado para prevenir uma Infecção Hospitalar. Mas o que realmente é uma Infecção Hospitalar?

Uma infecção hospitalar é definida como aquela adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.

A grande maioria das infecções hospitalares é causada por um desequilíbrio da relação existente entre a microbiota humana normal e os mecanismos de defesa do hospedeiro. Isto pode ocorrer devido à própria patologia de base do paciente, procedimentos invasivos e alterações da população microbiana, geralmente induzida pelo uso de antibióticos.

No Brasil, nos anos 80,começou a ocorrer uma conscientização dos profissionais de saúde a respeito do tema com a instituição de CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar),  com objetivos de monitorações microbiológicas rotineiras de pessoal e ambientes, os métodos de vigilância epidemiológica foram progressivamente aperfeiçoados, racionalizando o tempo de coleta, utilizando pistas diagnósticas e informatizando progressivamente a consolidação dos dados, desenvolvimento de atividades educativas e abordagem pró-ativa dos episódios de infecção.

Na assistência à saúde, independentemente de ser prevenção, proteção ou tratamento e reabilitação, o indivíduo deve ser visto como um ser integral, que não se fragmenta para receber atendimento em partes.

Os casos de Infecções Hospitalares são multifatoriais, e toda a problemática de como reduzir as infecções, intervir em situações de surtos e manter sob controle as infecções dentro de uma instituição, deve ser resultado de um trabalho de uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas e fisioterapeutas). Dessa forma, uma implementação dos procedimentos corretos por quem executa no paciente, com a necessária integração com a equipe da CCIH, garantem êxito e redução dos casos de infecção e resistência bacteriana.

O uso racional de antibióticos engloba todas as atividades destinadas a melhorar a resposta dos pacientes, minimizando consequências negativas, como as IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde), e limitando o desenvolvimento da resistência bacteriana, garantindo a segurança do paciente. A CCIH, deve atuar com prioridade e com regularidade na agenda de discussões de qualidade e gerenciamento na área da saúde e uso dos antimicrobianos de forma geral.

Cabe lembrar que lidar com a resistência antimicrobiana é um dever todos. Afinal, só assim é possível garantir o uso consciente e responsável de antibióticos. Com isso, é importante pontuar que é fundamental usar o antibiótico certo, na dose certa, no horário certo e pela duração certa.

 

Daniel Porto Barbosa é farmacêutico hospitalar e professor da UNINASSAU Maceió.

Galeria: 
Daniel Porto Barbosa

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