Faculdade Maurício de Nassau UNINASSAU | Ser Educacional
10 Abril
ESPECIAL- SEMANA DO JORNALISTA
Everson Teixeira e a Função Social do Jornalismo
Por Andre Felipe

Como a maioria dos jovens, Everson Teixeira decidiu cursar jornalismo no 3º ano do ensino médio e nos primeiros períodos da graduação, percebeu que era aquilo que queria para a vida profissional. Seu primeiro estágio aconteceu quando estava no 4º período da faculdade, na secretaria de comunicação da Prefeitura de São Gonçalo (RJ), o que o fez entender a relação entre a imprensa e o poder público.

Em 2006, de malas prontas para Recife, Everson transferiu seu curso para a então Faculdade Maurício de Nassau e nesse período ele teve a oportunidade de aperfeiçoar a prática do jornalismo em quatro locais diferentes: Prefeitura do Recife, Prefeitura de Olinda, CBN e na assessoria de imprensa, Intercom Consultoria.

Até a sua graduação, Everson reconhece que a Uninassau foi peça fundamental para o seu desenvolvimento como um jornalista, “Na Uninassau, fui recebido muito bem, o que fez com que eu escolhesse a instituição para continuar o curso de jornalismo. Na época, a faculdade estava iniciando a sua expansão. Estudei em um momento de transição. A parte teórica era muito bem representada pelo corpo docente, já a estrutura estava se fortalecendo. Mesmo diante das limitações, era latente a preocupação dos profissionais em oferecer o melhor aos alunos. Foi por meio da Uninassau que dei início a criação ao meu network, e foi por conta dela que comecei a dar os meus primeiros passos no jornalismo. A instituição me proporcionou experiências impagáveis, com o apoio na elaboração de dois documentários, um como conclusão de curso (Abril Pro Rock - fora do eixo) e outro após a formação, por meio de uma parceria (Vida Loka - a vida dos internos na Funase). Ambos os documentários tiveram grande repercussão com participação em festivais locais e internacionais. Sem o apoio da Uninassau, isso, talvez, não teria sido possível”, declara.

Após concluir a graduação, o jornalista passou por um dos períodos mais dinâmicos de sua carreira. Ele foi contratado pela Intercom Consultoria e também pela CBN, onde conquistou 13 prêmios, nos âmbitos estaduais e nacionais, entre eles está o Prêmio Cristina Tavares. Desde então, sua caminhada foi marcada por experiências enriquecedoras. Nas rádios CBN, Jornal e JC News (Rádios do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação), atuou como produtor, repórter, chefe de reportagem e apresentador, foi assessor de imprensa do Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) e desde 2015 é repórter da TV Clube/Record TV, onde também teve a oportunidade de atuar como apresentador.

Na semana do dia do jornalista, Everson acredita que o jornalismo é definido pela expressão ”função social” e também é o pilar de qualquer sociedade livre, “Pra mim, o jornalismo é o pilar de qualquer sociedade livre. Sempre vi a área que atuo como o principal elo entre os poderes, empresas e a sociedade. Por meio do jornalismo, a gente consegue informar, educar e, por quê não, mudar a vida das pessoas? O fato de você ouvir alguém, contar a história dela e fazer com que outras pessoas fiquem conhecendo aquela situação, faz do jornalismo algo singelo e precioso. A expressão que define o jornalismo pra mim é: "função social". Se você deixa isso de lado, o jornalismo perde o sentido”, expressa com orgulho.

Como repórter de TV, ele acredita que o telejornalismo é a ferramenta que mais proporciona identificação nas pessoas e tem  também o papel de educar, ajudando a sociedade brasileira a interpretar um conteúdo, em meio a era das fake news “A sociedade brasileira se reconhece quando se vê na TV. Não sei quem disse essa frase pela primeira vez, mas ela faz todo o sentido. Uma pesquisa da Secretaria de Comunicação do Governo Federal, divulgada em 2018, aponta que quase 90% dos brasileiros assistem televisão. Boa parte disso (67%), se informa por meio do telejornalismo. Ou seja, somente em território nacional, os jornais televisivos se comunicam com mais de 100 milhões de pessoas. Contra números, não há argumentos. Porém, ressaltam a responsabilidade do telejornalismo. Nos últimos anos, o fluxo de informação mudou várias vezes. Com o fortalecimento da internet, as pessoas buscavam as informações de interesse delas. Com a redes sociais, as informações caem no colo delas. E isso é perigoso, principalmente por conta das fake news (..)  A sociedade brasileira ainda sofre com a falta de acesso a informação, falta de leitura e consequentemente, acaba não sabendo interpretar um conteúdo. Por conta disso, a TV acaba tendo a função de informar e educar. Mesmo com o aumento das redes sociais, os streamings e serviços "sob demanda", a televisão ainda está dentro da casa dos brasileiros. Estamos longe de termos um telejornalismo excelente, mas caminhamos para tal!”, explana.

Redatora: Larissa Roque