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03 Setembro
SERVIÇO SOCIAL
Curso de Extensão oferece preparatório de português para o ENADE
Por Ana Carolina

Com o objetivo de preparar o aluno para um desempenho altamente competitivo nas provas a que se submeterá no Enade, será ofertado o curso de Extensão Preparatório de Português para o ENADE, ministrado pelo Professor Newton Neto, professor de língua portuguesa com experiência em exames.

O curso tem como programação:

Dia 1º de setembro - Revisão de Conteúdos Básicos da Língua Portuguesa

Dia 15 de setembro - Elaboração de Textos Dissertativos/Argumentativos Baseados nas Questões ENADE

Dia 29 de setembro - Interpretação e Compreensão de Textos Baseados em Provas ENADE

Os interessados em participar devem se inscrever através do link. As aulas serão ministradas no auditório  da unidade Aliança - Redenção. Participem!

31 Julho
Matéria
Você conhece as vogais?
Por Denise Rocha

Você, leitor amigo, sabe quantas são as vogais? Se você respondeu 5, errou! Isso mesmo! 5 são os grafemas que as representam: A, E, I, O, U. Mas não existem apenas 5 vogais. Para desvendar esse mistério, primeiro é necessário saber o que faz uma letra ser considerada vogal ou consoante. Então vamos lá! Vogais são sons que possuem livre passagem de ar pela boca. E consoantes são o grupo de sons que têm essa passagem de ar obstruída. Assim, se a vogal [a] pode ser proferida indefinidamente (algo como aaaaaaaaaaaaa...), o mesmo não acontece com o [b], o [p] e o [m], por exemplo, que são consoantes bilabiais oclusivas, cujo som se dá apenas quando abrimos a boca e descolamos os lábios...

Não nos alonguemos! Deixemos as consoantes de lado e voltemos às vogais! Quantas são, afinal?! Para muitos estudiosos no assunto, são 7. São elas: [a], [Ɛ], [e], [i], [ɔ], [o], [u]. [Ɛ] se lê “é”, como na palavra “pé”. E o [e] se lê “ê”, como na palavra “carnê”. Da mesma forma, [ɔ] se lê “ó”, como “vovó”. E [o] se lê “ô”, como “vovô”.

No entanto, outros pesquisadores entendem que são 12! Sim, isso mesmo, 12! Porque além daquelas já citadas acima, acrescentam-se [ɐ̃], [ẽ], [ĩ], [õ], [ũ], ou seja, as vogais nasais. No entanto, aqueles que defendem a teoria de que são apenas 7 vogais argumentam que essas últimas não apresentam uma livre passagem de ar, já que utilizam o nariz. Os que defendem 12 rebatem afirmando que embora utilizem o nariz, a nasalização não interfere na passagem de ar pela boca. E você? O que acha? São 7 ou 12 as vogais?

 

Por Professor Doutor Gabriel da Cunha Pereira

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19 Julho
LÍNGUA
Confira estas dicas de Português
Por Denise Rocha

DESCOMPLICANDO O PORTUGUÊS - Por Prof. Doutor Gabriel Pereira

Costumo ouvir de muitos alunos que o português é chato porque é complicado. Que o português tem muitas regras e muitas exceções. Que o português é a língua mais difícil do mundo! Todas as línguas têm o seu grau de complexidade e não existe, até o momento, nenhuma competição mundial que tenha consagrado a Língua Portuguesa campeã nesse quesito. Se houvesse, talvez o português estivesse perdendo, já que línguas como o russo, o alemão ou o japonês apresentam características que as tornam gramaticalmente bem complexa. Mas isso fica pra um outro post.

Hoje quero falar de uma das muitas dificuldades encontradas nessa que foi chamada por Bilac de “inculta e bela”. O plural.

A regra diz que se faz o plural acrescentando-se o grafema s ao final das palavras. Assim, o plural de MÃO se faz, MÃOS. No entanto, a “coisa” começa a complicar quando o plural de PÃO é PÃES e não, como esperado, “PÃOS”. O plural de “RAZÃO” é “RAZÕES” e não “RAZÃOS”. Riobaldo, personagem de Grande Sertão: veredas, obra do mestre Guimarães Rosa, certa feita disse que “pão ou pães, é questão de opiniães”. Mas será que ele está mesmo certo?

De fato, para fazer o plural no português basta acrescentar o S! Mas o que as pessoas esquecem ou mesmo não sabem é que o português não nasceu pronto, como o conhecemos hoje. Ele veio do caso acusativo do Latim e sofreu várias mudanças ao longo dos séculos. No acusativo latino

MÃO se escrevia MANO e

MÃOS se escrevia MANOS,

Acrescentando-se o “s”, portanto. O que aconteceu foi que esse “n” entre as vogais nasalisou a vogal anterior, o “A”, dando origem à palavra MÃO. O plural de MANO, ficou, portanto, MAÕS, já que o “n” caiu. VEJA:

MANO + s = MÃOS

 E em palavras como pão?

PÃO se escrevia PANE

Como agora vocês já sabem, o “n” caiu, nasalisou a vogal anterior, o “a”, e acrescentou-se o “s”, ficando PÃES:

PANE + s = PÃES  

Finalmente, existem as palavras como “razão”, cujo plural é em “ões”. Como vocês já podem imaginar,

RAZÃO se escrevia RATIONE. Vejamos agora como ficou:

O “n” cai, nasalisa o “o”  e acrescenta-se o “s”, se tornando “RATIÕES”:

RATIONE + S = RATIÕES

Com o tempo, esse “ti” também se alterou e começou a ser falado “z”, ficando “RAZÕES.

Esta aí um mistério revelado dessa nossa língua, tão inculta (será?) e tão bela!

Até breve!

Prof. Doutor Gabriel da Cunha Pereira (Nassau – Lauro de Freitas)