24
Março
Artigo
Os Pet's não transmitem Covid-19 para humanos
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a propagação atual do Covid-19 é o resultado exclusivo da transmissão entre seres humanos, e que até o momento, não há evidências de que os animais de estimação possam disseminar a doença. Desta forma, não se justifica tomar medidas contra animais de estimação que possam comprometer o seu bem-estar.
Para os tutores dos pet’s, as regras são simples: ao manusear e cuidar de animais, sempre devem ser aplicadas medidas básicas de higiene, incluindo lavar as mãos antes e depois de andar ou manusear animais, alimentos ou outras coisas, além de evitar compartilhar alimentos. A recomendação da OIE para os tutores que se encontram doentes ou sob tratamento médico para o Covid-19 devem evitar contato próximo com seus animais de estimação e confia-los aos cuidados de outro membro de sua família ou amigos. Se isso não for possível, recomenda-se usar uma máscara facial, para preservar o animal.
Ainda de acordo com a OIE, os serviços de saúde pública e veterinária devem “trabalhar juntos”, usando a abordagem de "uma saúde única" para compartilhar informações e realizar uma avaliação de risco quando uma pessoa com Covid-19 relatar estar em contato com animais de estimação. Se a decisão for tomada após uma avaliação de risco de um animal de estimação que tenha estado em contato próximo com uma pessoa com o coronavírus, é recomendável testar amostras orais, nasais e fecais. Embora não haja nenhuma evidência de que a infecção do Covid-19 se espalhe de animal para animal, deve-se manter os animais testados positivos longe de animais não expostos. Cabe ressaltar ainda que qualquer detecção do vírus Covid-19 em um animal deve ser relatada à OIE. É primordial que autoridades veterinárias sejam mantidas informadas e mantenham vínculos estreitos com as autoridades de saúde pública e vida selvagem, a fim de garantir a consistência e a adequação das mensagens de comunicação e gerenciamento de riscos.
É importante que a epidemia do Covid-19 não resulte em medidas inadequadas contra animais domésticos ou selvagens, que possam comprometer seu bem-estar e saúde ou ter um impacto negativo na biodiversidade.
Por: Prof. Andrei Loureiro – médico veterinário e docente do curso de Medicina Veterinária na Uninassau João Pessoa
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