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16 Abril
MEDICINA VETERINÁRIA
Orientações para aquisição do pescado durante a Semana Santa
Autor: Andrei Guedes
Os consumidores devem ficar atentos na hora da compra

Historicamente, no Brasil, a data da SEMANA SANTA é comemorada por milhares de pessoas. Nessa época, a procura e o consumo de pescados aumentam e, como forma de orientar e esclarecer dúvidas o curso de medicina veterinária da Uninassau João Pessoa relaciona alguns detalhes que devem ser levados em conta no momento da aquisição e, até mesmo, na hora do manuseio desse tipo de alimento.

Pescados em geral podem ser comercializados em muitos locais, todavia, vários cuidados devem ser seguidos pelos comerciantes para assegurar que o produto, disponível à venda, possui qualidade e inocuidade, isto é, que está livre de contaminantes, não colocando em risco a saúde de quem for consumir.

Uma das primeiras características a serem levadas em consideração pelo consumidor é o valor do produto. Porém, vale ressaltar que a qualidade deve vir antes de qualquer outro aspecto, pois se o pescado não estiver acondicionado de modo adequado e em local limpo, o barato vai sair muito caro.

Em termos de limpeza do estabelecimento que está comercializando o pescado, o consumidor deve observar o estado de higienização do piso, paredes, balcões, caixas isotérmicas, balança, dentre outros utensílios e objetos utilizados direta e indiretamente para manuseio do produto.

Além disso, a higienização da roupa dos funcionários do estabelecimento é bastante importante, pois mostra o nível de preocupação que se tem frente ao produto que se comercializa e à saúde dos consumidores. O cheiro do estabelecimento deve ser característico, mas não insuportável, a ponto de parecer que ali existem alimentos estragados.

Para que o produto seja exposto à venda de modo seguro, é preciso que o acondicionamento do pescado obedeça a alguns critérios como estar em balcão frigorífico em temperatura por volta de -2,0°C, protegidos do sol, sem contato com outros produtos e coberto por generosa camada de gelo.

Caso esteja à venda em feira livre, o mesmo deve seguir todas as recomendações anteriores, além de estar em caixas de isopor limpas. A comercialização do produto congelado, deve ser feito em temperatura de -18°C e, a água proveniente do descongelamento, deve ser drenada evitando o contato direto com o produto.

Caso o pescado seja comercializado embalado (produto processado pela indústria), o consumidor deve estar atento às seguintes informações:

- Registro no Serviço de Inspeção competente (municipal, estadual ou federal);

- Data de embalagem e validade do produto;

- Lote;

- Peso bruto e peso líquido.

É importante que esse tipo de produto, bem como qualquer outro congelado ou resfriado, seja escolhido ao final das compras, sob risco de perder a temperatura ideal e tornar-se impróprio para o consumo.

As características do pescado variam conforme o tipo:

- Pescado: devem estar com olhos brilhantes, escamas bem aderidas ao corpo, guelras de cor vermelha e úmidas. Além disso, a coloração do peixe não pode ser escura;

- Camarão: o cheiro é uma das principais características, pois ao perceber que existe odor de amônia, o produto deve ser evitado. É preciso também observar se a cabeça e a casca estão firmemente aderidas ao corpo e se a coloração não está escura. Quando este produto é comercializado já limpo (sem cabeça e sem casca) a constatação do seu frescor pode ser comprometida.

- Peixes secos/desidratados: a presença de manchas amareladas, esverdeadas ou de outra coloração diferente da que seja própria do produto, caracteriza que o mesmo está alterado e impróprio para o consumo, por conter, dentre outras coisas, agentes bacterianos deteriorantes. Um dos mais conhecidos é o bacalhau que, inclusive, tem maior custo devido à sua origem. É importante que peixes secos sejam mantidos longe da umidade até o momento do preparo.

- Moluscos (ostras, mexilhões, etc.): devem estar com as conchas fechadas, as quais se abrem somente após o cozimento. Aquelas que permanecerem fechadas mesmo após o preparo, não devem ser consumidas. Polvos e lulas devem se apresentar com a pele nitidamente aderida ao corpo e com coloração padrão roxo clara.

 

Atenção:

- Peixes frescos adquiridos inteiros devem ter suas vísceras removidas imediatamente e ser lavados em água limpa corrente antes de serem congelados.

- Durante o manuseio e preparo de alimentos a higiene é essencial. Lave sempre as mãos, utensílios e bancadas para evitar a contaminação.

- Jamais compartilhe utensílios para alimentos crus e cozidos simultaneamente.

- Sobrou peixe do almoço? Evite o desperdício! Guarde-o em recipientes fechados e acondicione no freezer ou congelador.

Por: Andreey Teles – médico veterinário – CRMV 1825-PB

Coordenador do curso de medicina Veterinária da Uninassau João Pessoa

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