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06 Julho
MEDICINA VETERINÁRIA
Métodos de diagnóstico patológico de rotina
Autor: Beto Coral
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Quando falamos em meios de diagnóstico nos referimos aos métodos empregados no diagnóstico de enfermidades. Em algumas áreas da Medicina Veterinária, como por exemplo a Clínica Médica, utiliza-se ferramentas complementares como a ultrassonografia, a radiografia, as análises hematológicas e bioquímicas dentre outras, para se chegar a um diagnóstico preciso e acurado. Ou seja, dentro de cada especialização, é possível observar-se formas bem particulares que contribuem para o diagnóstico final. Nesse contexto, uma importante subárea da Medicina Veterinária que vem destacando-se bastante nos últimos anos no Brasil, é a Anatomia Patológica, que trata da investigação macroscópica e microscópica das doenças, nas mais varadas espécies animais.

Dentro dessa especialidade é possível explorarmos as lesões, de modo que em muitos casos o diagnóstico se baseia nesses achados. No entanto, em outra parcela das vezes, é necessária a confecção de lâminas histopatológicas, a fim de se compreender as características teciduais da lesão; aquelas que, por vezes, não se manifestam a olho nu. Muitas enfermidades, especialmente as de origem infecciosa, carecem de meios especiais para serem identificadas, como é o caso das colorações especiais a citar o Giemsa, o PAS, o GMS, o azul alciano, a coloração de Gram, a coloração por panótico rápido no caso de amostras citológicas, dentre outras. Esses corantes permitem, por exemplo, a evidenciação de microrganismo ou de estruturas desses microrganismos, os quais não são observáveis na coloração rotineira por hematoxilina-eosina (HE), por exemplo.

Um outro grupo de doenças que requer uma avaliação minuciosa do tecido e, provavelmente, meios adicionais para se chegar ao diagnóstico final, é o de origem neoplásica. Os neoplasmas ou tumores, como são vulgarmente denominados, se originam de células de qualquer tecido orgânico, de modo a proliferar e apresentar características benignas ou malignas, do ponto de vista patológico. Apesar do diagnóstico com a cloração rotineira por HE ser eficaz em grande parte das situações, ocasionalmente a origem celular pode não ser identificada, o que requer por exemplo, o encaminhamento para a Imuno-histoquímica. Esta ferramenta, por sua vez, permite a utilização de marcadores celulares específicos, passando a tingir os tecidos quando o imuno-marcador testado corresponder à célula precursora do tumor, como é o caso da citoqueratina, vimentina, S-100 e etc.

É importante destacar que, quanto mais acurado o diagnóstico melhor o prognóstico do paciente. E ninguém melhor que um profissional especializado para aconselhar e atribuir a melhor ferramenta de diagnóstico para a enfermidade em questão.

Por. Profa Telma Sousa - Médica veterinária e docente do curso de medicina veterinária da Uninassau João Pessoa.

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