Faculdade Maurício de Nassau UNINASSAU | Ser Educacional
16 Junho
João Pessoa
Como se tornar um bom profissional
Autor: Beto Coral
Confira

O anseio de muitas pessoas é obter um título de graduação na perspectiva de poder se destacar em algumas áreas do conhecimento de modo que possam, também, ser reconhecidas socioeconomicamente.

Porém, a formação profissional do indivíduo depende, numa grande parte, do seu perfil enquanto ser humano, das suas relações sócio-culturais e valores que agregam em si, uma vez que esse pacote fará parte essencialmente da sua conduta, do seu falar, se apresentar, do seu conhecer e compartilhar informações e conhecimentos. Isso mesmo, não basta conter informações em si, é necessário possuir conhecimento, aquilo que é construído ao longo da vida, da formação profissional, das suas leituras e acessos.

Entendendo que a graduação é um processo formado por etapas, o fato de manter-se comprometido com horários, trajes, prazos, relações sociais e outras condutas que extrapolam o ser “apenas estudante” numa conotação de quem apenas frequenta as aulas e realiza provas e atividades sem se envolver profundamente e sem atuar de forma efetiva (e não somente afetiva), é algo diferencial. Ah, eu não poderia esquecer, o linguajar e o tratar bem, o respeitar, o saber ouvir e somente falar quando assim for pertinente, sempre buscando manter as boas maneiras e costumes éticos e respeitosos, são aspectos fortemente impactantes no dia-a-dia profissional. Preciso lembrar ainda que hoje demite-se mais por falta de equilíbrio emocional do que propriamente por incompetência técnica.

Desta forma e, sabendo que o campo de trabalho se estreita apenas para aqueles que não se enquadram em suas nuances e dinâmicas, o que nos leva a ter que reinventarmo-nos quase que diariamente, é muito fácil dizer por aí:

“estou estudando num curso que paga pouco”; “vou formar numa profissão em que não há reconhecimento do profissional”; vou formar para atuar onde, se já tem muita gente fazendo o que eu quero fazer?”. Ou ainda: “formei e não atuo na área por falta de oportunidade.”

Todos vocês que lêem este texto, devem ter ouvido algo desta natureza. É bem provável!

Mas, de quem é a culpa? – Da faculdade (que se escolheu por livre e espontânea vontade?); Do professor (que mostrava aspectos de todos os graus para estimular o aluno a raciocinar? Que convidada a discutir temas da realidade como política, economia, administração, etc, mesmo não sendo da sua disciplina? – isso é transversalidade e está em nossas DCNs – ah, não sabe o que são DCNs? – Diretrizes Curriculares Nacionais – é um documento com um conjunto de normas que padroniza os cursos de graduação em todos o Brasil. Isso mesmo! O curso que você estuda aqui na Uninassau, é o mesmo que se estudam no Sul, por exemplo). Será que a culpa é do tempo do intervalo que era insuficiente e eu perdia o horário? Ou do ônibus que atrasava com frequência? Cabe a reflexão...

Todavia, não posso esquecer que eu tenho, enquanto aluno, a minha parcela de culpa no processo de decisão do meu perfil profissional, e essa parcela aumenta quando eu, em vez de refletir na perspectiva de ajudar a todos que estão comigo, procuro assinalar o erro dos outros, me eximo dos compromissos, não assumo culpas e transfiro responsabilidades.

A hora é agora, vamos ajustar perfis, publicações em redes sociais, aumentar a participação em eventos (isso é investimento na carreira). Lembre-se: a sua graduação é o alicerce da sua vida, se você se dedicar, valorizar cada oportunidade e ser participativo em todas as oportunidades, espaço para você não vai faltar, pois quem faz o profissional do futuro é o estudante de hoje.

Por fim, deixo o alerta de que não há compatibilidade entre sucesso e facilidade. Todo sucesso é precedido de esforço, dedicação, abdicação e de oportunidade.

Por. Dr. Andreey Teles - médico veterinário, professor e coordenador do curso de medicina veterinária da Uninassau João Pessoa.

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