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23 Março
Dia Internacional da Mulher
Palestra: DSTs na gravidez - Clínica Luiza Coelho
Autor: Thiago Rezzo

O evento promovido pelo curso de Fisioterapia da Faculdade Maurício de Nassau sob a supervisão da professora Jacqueline Maranhão, em visita à clínica Luiza Coelho, acompanhada de alunos do curso de Fisioterapia baseou-se em prestar esclarecimentos acerca das doenças sexualmente transmissíveis, DSTs, durante o período gestacional. Elas podem surgir antes ou durante a gravidez e prejudicar a saúde da mãe e do bebê, trazendo complicações como parto prematuro, aborto, baixo peso ao nascer e atraso no desenvolvimento. Os sintomas variam de acordo com o tipo de infecção apresentada, mas normalmente surgem feridas na região genital e coceira. O tratamento deve ser feito de acordo com a causa da doença, mas normalmente são utilizados medicamentos antibióticos e antivirais, sob indicação do obstetra.

Mudanças físicas e psicológicas marcam a mulher durante o período de gestação. Apesar de ser considerado um momento mágico para muitos, não tem como negar que, muitas vezes, essas mudanças vêm acompanhadas de deconfortos e limitações, que impedem a mulher de levar uma vida totalmente igual à anterior. E após o parto, os cuidados com o bebê também exigem mais do corpo da mãe, que acrescentará novas atividades ao seu cotidiano, como trocar fraldas e dar banho. Durante esse período, o útero passa por um processo de expansão, gerando uma curvatura nos ossos e, principalmente, na lombar e no quadril. A coluna sofre o impacto causado pela expansão da barriga, causando uma desarmonia das cadeias musculares. Essas cadeias passam por duas alterações: a posterior fica sob estresse de tensão muscular constante e a anterior, sofre processo de estiramento. Essas mudanças podem ocasionar frouxidão dos ligamentos vertebrais, rotação das vértebras e pinçamento de nervos. Por isso, apesar de pouco divulgada, a fisioterapia na gravidez exerce um papel importante em cada fase da gestação, sempre visando a promoção da saúde e do bem-estar da mulher. A fisioterapia pré-natal, por exemplo, prepara o corpo da mulher para dois momentos: o pré e o pós-parto, prevenindo, tratando e reabilitando possíveis disfunções, desconfortos, dores ou lesões. Assim, a fisioterapia oferece: exercícios de alongamento e fortalecimento de determinados músculos; exercícios aeróbicos; conscientização corporal; melhora na circulação sanguínea, correção da postura e exercícios de relaxamento. Como resultado, as futuras mamães sentem alívio durante momentos como cãimbras, inchaço, falta de ar e dores na coluna vertebral e na pélvis, além de ficar mais preparada para o parto.

Os cuidados com o assoalho pélvico também são importantes, pois ele é formado por um conjunto de tecidos de revestimento que fecha a cavidade inferior da pelve (músculos, ligamentos e fáscias). Essas estruturas são as responsáveis pela sustentação de órgãos como útero, reto e bexiga e controlam a urina, as fezes e a atividade sexual. Então, caso a mãe apresente disfunções urinárias, por exemplo, os exercícios da fisioterapia são bastante indicados. Na fase chamada de PUERPÉRIO, que é o período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação, a fisioterapia também é imprescindível.

É função do fisioterapeuta avaliar os músculos do assoalho pélvico, focando na sua coordenação, tônus, resistência e força. Caso haja algum problema, é ele quem promove a sua reabilitação.

 

 

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