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02 Abril
ARTIGO
Confira artigo sobre visão sistêmica
Autor: Leonardo Horta

Um sistema pode ser entendido como algumas partes integrantes de um todo que interagem entre si. Talvez um dos sistemas mais conhecidos é o corpo humano, composto por várias partes distintas que dependem e influenciam as outras. Influência é uma palavra-chave quando se fala de sistemas. Se o coração, por exemplo, não funciona bem, ele não vai apenas impactar negativamente o sistema circulatório, mas todas as outras partes do corpo. É assim com os sistemas. Uma organização pode ser vista como um sistema, composto pelas várias atividades empresariais ou funções, que trabalham juntas, influenciam umas as outras e tem um objetivo em comum.

Pode-se dizer que uma visão sistêmica é aquela que está de acordo com os preceitos da teoria geral dos sistemas. Pode-se entender, portanto, que visão sistêmica é a habilidade de analisar uma situação de forma ampla, buscando entender a influência de fatores externos e internos. Na análise sistêmica, acredita-se que não há como compreender profundamente uma parte se ela for vista de maneira isolada, é necessário analisar as influências que ela recebe.

Uma organização pode ser compreendida como um sistema sócio-técnico aberto. É um sistema sócio-técnico porque é formada pelos vários indivíduos que a compõe, que interagem com máquinas, equipamentos e processos. Há na empresa, portanto, tanto a necessidade de atingir objetivos pessoais como de negócios.

Em relação a ser um sistema aberto, as organizações são vistas desta forma porque ela recebe influências de fatores internos e externos. Internos de todas as áreas da empresa. Externo de fatores que não podem ser controlados por ela: economia, concorrência, clientes, normas governamentais, acidentes naturais e fornecedores .

Os sistemas de uma maneira geral podem ser entendidos de acordo com a figura a seguir. Esta figura representa o processo de agregação de valor, objetivo dos sistemas. No sistema, há a entrada de inputs que são convertidos em outputs. Essa conversão sofre pressões externas, assim como passa por um processo de controle. No sistema também há o feedback, que normalmente acontece no sentido output-input.

No processo de agregação de valor, transforma-se inputs em outputs. É normal que os outputs tenham um valor maior do que os inputs, pois, caso contrário, o sistema não estaria contribuindo com o aumento no valor. Num processo produtivo, por exemplo, mão-de-obra, matéria-prima e equipamentos são inputs que passam por um processo de manufatura até que se tornem em um produto pronto. O valor do produto é maior do que a soma de seus inputs.

É necessário entender que nem todos os inputs são controlados pelo sistema. Os inputs internos normalmente são controláveis, mas há também os inputs externos que não podem ser controlado. Esses inputs muitas vezes são chamados de fatores externos. Exemplos desses fatores são a crise econômica e os desastres naturais, que influenciam o sistema mas estão fora do controle de quem o organiza.

Em relação aos outputs, deve-se entender que eles podem ser diretos e indiretos. Os diretos são os produtos e os serviços oferecidos pelo sistema. Os indiretos podem ser tributos para o governo, encargos sociais, salários, poluição. Medir os outputs de um sistema seria medir o desempenho do mesmo, mas normalmente (e quando possível) não é viável medir todas as saídas de um sistema. O viável é que se escolha alguns outputs que vão contrubuir significativamente para o controle do sistema.

O controle e o monitoramento são questões importantes nos sistemas. Eles vão dar ideia de como está o desempenho dos processos. O controle normalmente é feito sobre os inputs e o monitoramento sobre os outputs. Dessa forma, pode-se analisar o qe acontece com os outputs para melhorar os inputs.

O feedback é um fluxo de informação dentro do sistema, que pode contribuir para a melhoria do mesmo. Portanto, normalmente o feedback acontece do output para o input, mostrando as saídas do sistema para que se tenha ideia se algo pode ser melhorado ou não no sistema.

A partir destes conceitos, é possível perceber que a compreensão de sistemas é útil para o entendimento de uma organização. Pode-se entender que cada pessoa ou área funcional é responsável por um grupo de inputs. O objetivo é que todos organizem seus inputs da melhor forma, a fim de maximizar os outputs da empresa. Isso só é possível se houver um entendimento comum de como as decisões individuais afetam a operação da empresa.

 

Galeria: 
Representação de uma organização como sistema

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