Faculdade Maurício de Nassau UNINASSAU | Ser Educacional
09 Dezembro
Artigo
Brucelose: uma doença ocupacional
Por Beto Coral

As doenças decorrentes do trabalho ou associadas a ele têm tomado uma proporção grande em nosso meio. Independentemente de quais sistemas possam acometer, as enfermidades ocupacionais podem ter caráter irreversível, invalidando permanentemente o trabalhador para o desempenho de qualquer que seja a atividade laboral ou, na melhor das hipóteses, para aquela função ou conjunto de funções que noutrora desempenhava.

No âmbito da medicina veterinária, diversas doenças podem acometer os profissionais que exercem as atividades práticas inerentes à sua formação, seja o indivíduo autônomo ou vinculado ao serviço público.

Ante a essas possibilidades, vários protocolos e normativas são pensados e discutidos periodicamente com vistas a traçar estratégias para minimizar a exposição a fatores considerados de risco e, dessa forma, assegurar um exercício profissional cada vez mais íntegro e seguro.

Uma doença de caráter infecto-contagioso, crônica, típica de mamíferos e que causa uma série de transtornos no ser humano é a brucelose. Diferente do que imagina, esta doença acomete animais de produção e de companhia, podendo, o seu bacilo causador, ser veiculado por meio de fluidos biológicos diversos, inclusive pela carne e leite e seus derivados quando ainda não processados. Ressalta-se, oportunamente, que donas de casa podem contrair a doença, ainda que não consumam carne e leite, sendo a forma de infecção simplesmente pelo manuseio de uma carne contaminada.

Animais de companhia, especialmente cães criados soltos e, mais notadamente os que vivem no entorno de matadouros, são potenciais portadores e disseminadores da doença para seus donos e até mesmo para médicos veterinários menos precavidos.

Por se tratar de uma doença quase que silenciosa, manifestando sinais e sintomas somente algum tempo após adentrar ao organismo susceptível, a brucelose tem feito vítimas em vários setores da produção agropecuária e do processamento de alimentos.

Assim sendo, é importante que os médicos veterinários estejam cada vez mais atentos aos procedimentos de prevenção e proteção durante a execução das suas ações profissionais, sem que negligenciem o risco, de modo a diminuir a exposição ao agente. Recomenda-se ainda que sejam conhecedores do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, do Ministério da Agricultura. Que sejam ainda atores nas discussões e processos de consulta pública que envolvam a temática, de maneira que fiquem a par dos relatos e dados atuais.

Desse modo, tornar-se-ão multiplicadores das ações de educação continuada, aplicando os conhecimentos em seus estabelecimentos de saúde e veiculando as informações aos seus clientes, visando perpetuar a cultura da prevenção nesse sentido, alertando-os sobre os riscos envolvidos e sendo um colaborador na diminuição dos casos de brucelose em médicos veterinários.

Por: Andreey Teles – médico veterinário, professor e coordenador do curso de medicina veterinária da Uninassau João Pessoa.

02 Dezembro
João Pessoa
Medicina Veterinária na era digital
Por Beto Coral

Desde meados do século XVIII com o advento da era Industrial a sociedade humana têm fomentado um revolução tecnológica imensa e em um curto espaço de tempo. Não demorou para que as tecnologias saíssem das indústrias e ganhassem o cotidiano das pessoas, sobretudo, sendo introjetada nos setores sociais como educação e saúde, modificando inclusive a relação das pessoas com o planeta. Já no século XX (entre as décadas de 70 e 80) demos início a um novo marco, a era da Informação. Nesse período vimos nascer os microprocessadores, rede de computadores (internet), a fibra ótica e os computadores de uso pessoal, sendo o momento histórico que dá início a uma grande transformação social, a criação da “vida digital”. Esse é exatamente o ponto que  vamos discutir um pouco aqui e qual o seu impacto na relação dos Médicos e Médicas Veterinárias com o mercado de trabalho.

Estamos vivendo o pleno momento de popularização dos smartphones e com ele a ampliação do acesso à informação. Uma das vantagens de se ter toda a rede de internet na palma da mão é que, ficou cada vez mais fácil filtrar os conteúdos que se quer ver e direcionar os algoritmos de busca para seu foco de interesse, além disso, a internet têm se tornado um ambiente extremamente competitivo para as agências de publicidade quando o assunto é despertar o interesse de um determinado público. Em contrapartida o universo virtual também é um ambiente democrático onde qualquer pessoa, empresa ou grupo social pode se colocar e ter voz. O impacto dessa popularização é grande, a cada dia novas pessoas se integram digitalmente a alguma rede social como Facebook, Instagram, Twitter, Pinterest, Linkedin, Academia.edu, Researchgate e a mais popular de todas, o Whatsapp. Sim, o “Whats” é uma gigantesca rede social que linca não só os contatos de sua agenda telefônica como também centenas de pessoas que tenham o mesmo interesse que você em grupos de discussão de até 256 membros, sendo possível participar e criar quantos grupos quiser.

Com as conexões virtuais naturalizado-se cada vez mais no cotidiano, surgiu-se a necessidade dos serviços também migrarem para as mesmas plataformas gerando uma proximidade instantânea com o público alvo. Empresas de produtos pets, clínicas veterinárias, Pet Shops, Complexos farmacêuticos, Casas de rações, Grandes laboratórios de diagnóstico e os próprios médicos e médicas veterinárias têm se colocado e ganhado espaço nas plataformas sociais, sobretudo, para divulgar seus trabalhos. É nesse universo que os digital influencers ou influenciadores digitais se destacam. Os influenciadores digitais “são perfis famosos (Pessoas, empresas, personagens, representação da sociedade civil...) em redes sociais, que estabelece credibilidade em um nicho de mercado específico e, por ter acesso a um grande público nessas plataformas, possui a capacidade de influenciar outros usuários, ditar tendências, comportamentos e opiniões, podendo monetizar essa influência em ganhos financeiros”. Já é fato que empresas ou profissionais que estão cada vez mais ativos digitalmente tem seus lucros e popularidades ampliadas.

Por: Prof. Emmanuel Messias - biólogo e professor do curso de medicina veterinária na Uninassau João Pessoa.

É possível um Médico ou uma Médica Veterinária se tornar uma influenciadora digital? Sim e esse nicho já existe faz uma tempo. Essa tem sido uma técnica “barata” e eficiente de mostrar o trabalho do profissional, bem como uma forma de expor seu currículo. A digitalização das relações pessoais têm sido tão intensa que redes sociais foram criadas exclusivamente para promover currículos e servir de fonte de garimpo para recrutadores. É importante que o Profissional da Medicina Veterinária acompanhe essas tendências sociais não só para se promover, mas sobretudo para difundir conhecimento embasado e de excelente qualidade. Muitos perfis em diversas plataformas digitais (Youtube, Facebook, Twitter) são usados para difundir conhecimento sobre Veterinária ou conteúdos relacionados a ela e é imprescindível que esses conhecimentos seja difundidos por profissionais capacitados e responsáveis.

É importante que alunas e alunos de Graduação da Medicina Veterinária estejam atentos às novas tecnologias criadas para otimizar o tratamento de seus pacientes, como também é necessário estarem atentos às tecnologias que podem ampliar a comunicação com os tutores de seus pacientes. A comunicação digital está revolucionando a sociedade em todas as suas esferas e quando não se acompanha as transformações decorrentes dela, corre-se o risco de ficarmos isolados por não conseguirmos falar a mesma linguagem dos tutores e tutoras dos pacientes.

02 Dezembro
Natal
As 10 Perguntas mais frequentes sobre as Provas Presenciais das Disciplinas On-line (DOLs)
Por Rita Silva

Olá Estudantes,

Conforme Calendário Acadêmico das Disciplinas On-line (DOLs), a(s) Provas Colegiada(s) ocorrerão nesta Quarta-feira (04/12/2019), lembrem-se que é importante a confirmação antecipada da turma, horário e local de aplicação da prova com seu Coordenador de Curso, evitando maiores transtornos e imprevistos na hora da prova.

Para te ajudar, elaboramos a um FAQ com "As 10 Perguntas mais frequentes sobre as Provas Presenciais das Disciplinas On-line (DOLs)", não deixe de consultá-lo aqui no link: https://dol.sereduc.com/content/d%C3%BAvidas-av2

Núcleo de Educação a Distância (NEAD)

Homepage: dol.sereduc.com

29 Novembro
Campina Grande
Liga Acadêmica de Anatomia e Fisiologia (LAAF) realiza Anatomy Day
Por Luiza Santos

A Liga Acadêmica de Anatomia e Fisiologia (LAAF), vinculada ao curso de fisioterapia e em parceria com os cursos de enfermagem e medicina veterinária realizaram no último dia 20 de novembro de 2019, o Anatomy Day.

O evento foi realizado como encerramento das atividades da LAAF do semestre 2019.2 e teve em sua programação, diversas oficinas e a gincana anatômica que testou os conhecimentos dos alunos participantes.

Confira os registros do evento!

 

27 Novembro
Avaliação
Início das provas colegiadas
Por Karla Soares

Hoje iniciamos as provas colegiadas!

A coordenação do curso vem desejar uma excelente semana de estudos e muita dedicação.

Boas provas!

 

27 Novembro
João Pessoa
Confira o resultado compilado Avaliação Institucional - 2019-2
Por Beto Coral

Mais uma vez, agradeço a cada um de vocês pela colaboração para com nossa avaliação institucional 2019-2.

Confiram o compilado das notas atribuídas.

Atenciosamente,

Prof. Andreey Teles - Médico veterinária, professor e coordenador do curso de medicina veterinária da Uninassau João Pessoa.

Anexo: 
27 Novembro
EaD
Dia Nacional da EaD: Participe
Por Rita Silva

Sua unidade, por meio do Núcleo de Educação a Distância (NEAD) e tutores está no dia hoje comemorando o Dia Nacional da EaD, data que é celebrada desde 2003, por inciativa da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), o Dia Nacional da EAD. 

Participe dos eventos e venha saber mais sobre a modalidade de ensino que mais cresce no país, e que em seu dia a dia vem incoporando novas ferramentas e possibilidades para um aprendizado dinâmico, tecnológico e envolvente.

Núcleo de Educação a Distância 

 

25 Novembro
João Pessoa
Crédito rural: você já ouviu falar?
Por Beto Coral

O crédito Rural refere-se a recursos financeiros oferecidos em condições mais favoráveis em relação à juros, prazo de quitação, valor das parcelas e carência para iniciar o pagamento.

Por que: Esse incentivo tem grande importância para o fortalecimento das atividades no campo, impactando diretamente na economia do país por meio do desenvolvimento do setor.

O crédito Rural pode ser solicitado através de cooperativas de crédito e bancos, sendo disponibilizado por meio de linhas de crédito em três modalidades:

Corrente: os recursos financeiros são disponibilizados sem nenhum tipo de assistência técnica;

Educativa: tem como objetivo a melhoria da produção, oferecendo assistência técnica para tal;

Especial: Os recursos são encaminhados para as cooperativas de produtores rurais, para serem utilizados em ações da entidade ou dos seus associados.

O produtor pode solicitar o crédito para custear a comercialização e a produção dos produtos agropecuários como o armazenamento, beneficiamento, industrialização e cobrindo despesas dos ciclos produtivos, tornando o produtor mais competitivo e aumentando a produção.

Vale ressaltar que o Crédito Rural é uma modalidade de crédito voltada para os produtores rurais representados por pessoas físicas, jurídicas ou cooperativas de produtores rurais. Uma pessoa não conceituada como produtor no campo também pode aderir ao crédito desde que realize pesquisa ou produção de mudas, sementes ou produção de sêmem. Também pode ser concedido a empresas de prestação de serviços para propriedades rurais, , que compram matéria-prima dos produtores rurais para industrialização e comercialização dos produtos rurais, além dos silvícolas.

Através dos programas PRONAF, PRONAMP, PCA e INOVAGRO o produtor rural consegue financiar as despesas de produção, investir em benfeitorias, máquinas, tratores e potencializar a comercialização da sua produção.

O valor limite do financiamento é determinado por beneficiário em cada safra e em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR). No crédito de custeio rural o limite é de até R$ 3 milhões por ano agrícola, com prazo de reembolso de até 2 anos. Já nas operações de investimento, o limite de crédito é de R$ 430 mil por beneficiário por ano agrícola, com prazo de reembolso de até 12 anos, incluindo 3 anos de carência.

Para mais informações acesse o site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

Texto elaborado em sala pelos alunos do 4º período do curso de Medicina Veterinária utilizando a metodologia 5W2H, sob a orientação da Profª. Mª. Camille Sousa.

 

Fontes consultadas:

http://www.agricultura.gov.br/assuntos/politica-agricola/credito-rural

https://blog.cresol.com.br/credito-rural-descubra-agora-como-contratar-esse-financiamento/

https://blog.cresol.com.br/credito-rural-descubra-agora-como-contratar-esse-financiamento/

 

Autoria: Alunos do P4 manhã do curso de medicina veterinária – Uninassau João Pessoa

18 Novembro
João Pessoa
Avaliação Institucional 2019 - Medicina Veterinária
Por Beto Coral

Com um histórico de plena evolução, a avaliação institucional no curso de medicina veterinária da Uninassau em 2019-1 chegou ao final no último dia 16 atingindo 92,50% de adesão. Foi um índice bastante satisfatório, tendo sido atingido logo nos primeiros dias. A estratégia utilizada foi o envolvimento dos alunos através da passada em sala de aula, além de planejamento junto aos docentes de modo que estes levassem os alunos para o laboratório de informática e lá pudessem prestar o apoio necessário na execução da avaliação.

Muitas vezes o aluno tem dificuldades de acesso (escolha do navegador, uso em smartphones, etc.) e isso se torna um impasse para que o mesmo possa finalizar o processo. Daí, visando sempre promover o melhor aos nossos alunos, a coordenação do curso tem aderido a estes mecanismos os quais são projetados também pela direção da unidade.

Nesse sentido, a coordenação do curso agradece aos alunos pela colaboração e aos docentes pelo apoio e também adesão ao processo, uma vez que atingimos os 100% no segmento de professores que fizeram a avaliação.

Reforçamos que é nesse momento também que os alunos são ouvidos e têm suas demandas e necessidades relacionadas, analisadas e atendidas, tudo dentro de uma realidade, conforme a prioridade em que são alocadas.

Por. Prof. Andreey Teles – médico veterinário, professor e coordenador do curso de medicina veterinária da UNINASSAU João Pessoa.

 

18 Novembro
Artigo
Hormônios no frango: mito ou verdade?
Por Beto Coral

            É comum ouvirmos falar sobre o frango como sendo uma carne magra, um alimento rico em proteínas e bastante consumido no Brasil e no mundo. Porém também é bastante disseminada pela população, veículos de mídia e até profissionais de diversas áreas, a possibilidade da utilização de hormônios na criação de frangos, fato que justificaria o seu rápido desenvolvimento.

            Antigamente, os frangos de corte eram abatidos com 60 a 90 dias. Hoje, esses animais conseguem atingir peso de abate (por volta de 3 kg) com, em média, 45 dias de vida. Então fica a dúvida: são utilizados hormônios na avicultura para promover crescimento acelerado nas aves? A resposta é NÃO! O alto desempenho demonstrado pelas aves é obtido graças a uma combinação de fatores como melhoramento genético, nutrição balanceada, manejo sanitário e condições ambientais ótimas.

            Com um efetivo de mais de 1,4 bilhão de galináceos (IBGE, 2017), o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo; só em 2017 foram mais de quatro mil toneladas de carne de frango exportada in natura e industrializada.

            O uso de hormônios no frango é proibido pela Instrução Normativa do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento) nº 17, de 18 de junho de 2004, que em seu Art. 1º: “proíbe a administração, por qualquer meio, na alimentação e produção de aves, de substâncias com efeitos tireostáticos, androgênicos, estrogênicos ou gestagênicos, bem como de substâncias agonistas, com a finalidade de estimular o crescimento e a eficiência alimentar”.

            Vários estudos foram realizados nas últimas décadas e foi constatado que o uso de hormônios na avicultura seria inviável por conta da necessidade de injetar essas substâncias individualmente nas aves, visto que, se ingeridas misturadas à ração ou através da água, perderiam seu efeito sendo degradadas no trato gastrointestinal devido à sua composição proteica, sendo absorvidas da mesma forma como uma proteína alimentar. Em aviários com centenas e até milhares de animais por lote, tal manejo é inexequível.

            Além disso, o custo seria altíssimo, pois o hormônio do crescimento das aves não é produzido comercialmente e, caso fosse, a quantidade necessária seria elevada para cada ave e a administração teria de ser frequente, o que não compensaria tendo em vista o ciclo curto de vida desses animais. Os esteroides, por sua vez, em pesquisas, também não demonstraram efeito positivo no crescimento das aves, que justificasse seu uso, a despeito de um custo tão elevado.

            Então, por que ainda perdura o mito dos hormônios no frango? Em grande parte por desinformação da população e desconhecimento do ciclo de produção e da evolução da avicultura ao longo das décadas, também por conta de anúncios de algumas marcas de produtos provenientes da cadeia avícola que se dizem “hormone free” (livre de hormônios), o que, apesar de ser verdade,  induz o consumidor a pensar que alguns produtos ainda contêm substâncias proibidas por lei, fato que não ocorre.

            Então pode ficar tranquilo, a utilização de hormônios na produção de aves não passa de um grande mito. A carne de frango é saudável, rica em proteínas e acessível à maioria da população. Não é à toa que é a segunda carne mais consumida do mundo, perdendo apenas para a carne suína; embora alguns estudos demonstrem que nos próximos anos ocupará o primeiro lugar nesse ranking. Agora eu convido você a compartilhar essa informação no seu trabalho, círculo de amigos e familiares para ajudar a acabar com esse mito. Vamos lá?

 

Profa. Dra. Nayanne Lopes Batista Dantas.

Docente do curso de Medicina Veterinária, UNINASSAU - JP.