Faculdade Maurício de Nassau UNINASSAU | Ser Educacional
29 Julho
João Pessoa
Trabalhabilidade e empregabilidade na medicina veterinária
Por Beto Coral

 

De todas as dúvidas que os estudantes de têm, essa é a mais frequente: como está o mercado de trabalho na medicina veterinária? Mas, antes de respondermos estas perguntas, temos que ter em mente alguns pontos muito importantes:

1.       A qual a área que você está se referindo? A nossa profissão é gigantesca, e cada área possui diferentes aspectos em relação à concorrência e remuneração, por isso é complicado compará-las entre si.

2.       Onde você está? Essa pergunta é fundamental, visto que as áreas da vet têm desenvolvimentos diferentes dependendo da região do nosso país.

De qualquer forma, tentei realizar um resumo abaixo sobre as principais áreas da veterinária. Lembrando que esse é o meu ponto de vista, como clínico de pequenos animais. Portanto, se você não concordar, não se exalte, vamos conversar nos comentários! Se ainda restar dúvidas, o mais indicado seria você conversar com um profissional atuante na área, afinal, nada melhor do que conversar com os mestres em suas próprias especialidades!

 

Clínica de pequenos animais

Esta, com certeza absoluta, é a área mais saturada da vet. Também, pudera, com mais de 200 faculdades país a fora, é de se esperar que não haja emprego para todo mundo. Se cada faculdade formar 40 alunos por ano (o que é muito baixo), em um ano temos 8 mil novos veterinários no mercado. Em dois anos, ultrapassariam o número de veterinários presentes hoje no estado do Paraná! Eu sei que essa conta é utópica, mas já mostra um pouco da realidade da profissão, ainda mais porque 70% dos alunos querem clínica de pequenos animais.

As grandes cidades estão muito saturadas de veterinários de animais de companhia. Muito mesmo. Na realidade o difícil não é nem arranjar emprego, mas sim arranjar um emprego decente. A possibilidade que há para quem está se formando agora é a constante atualização. Eu mesmo, não me imaginaria saindo da faculdade sem pelo menos ter feito residência ou até mesmo um mestrado. Acredito que aí seja o ponto forte, já que o mercado não aguenta mais clínicos gerais, mas está clamando por veterinários especialistas.

Muitos veterinários especialistas autônomos estão obtendo sucesso considerável com seu trabalho, percorrendo diferentes clínicas pelas cidades. O único revés é que se tornar especialista custa dinheiro (muito dinheiro), seja com equipamentos ou cursos de pós-graduação.

Outra coisa que vários colegas reclamam muito é a desvalorização do serviço pelos próprios veterinários, vulgarmente falando a “prostituição” da profissão. É de se esperar, visto que muitos vets tentam sobreviver cobrando o mínimo possível, o que acaba se tornando um mecanismo de feedback positivo: quanto mais se “prostitui”, mas prostituída a profissão será. Essa é uma realidade triste, mas que pode ser revertida com a união efetiva da classe aliada à uma maior participação dos CRMVs e sindicatos.

Minha maior dica para quem se formar e quiser trabalhar como clínico é fazer residência. Aliás, minha maior dica para todo mundo é: faça residência. Assim você terá treinamento prático supervisionado e poderá entrar no mercado de trabalho realmente apto para exercer a profissão. Depois que você finalizar sua residência, aí sim procure um curso de especialização propriamente dito.

 

Clínica de grandes animais

Essa área em si é muito extensa. O veterinário de grandes pode trabalhar com reprodução de bovinos, ovinos, caprinos, com clínica de todas estas espécies, além da administração de propriedades. Se você já tem um certo contato com essa área, nasceu e cresceu no campo, pode se dar muito bem.

De todas as opções, a que parece ser menos remunerada e que possui mais veterinários é a de clínica geral em fazendas, mas que ainda pode ser uma ótima pedida para as regiões centro-oeste e norte, que estão em constante evolução na agropecuária. Para quem pretende mexer com reprodução, pode ser um prato cheio, desde que saiba direcionar o caminho durante a faculdade. Todas as pessoas que eu conhecia, que se formaram e que pretendiam mexer com esta área, estão empregados.

Na área de equinos a coisa fica um pouco mais complicada, principalmente em equinos de elite. Às vezes pode ser um pouco difícil você ter o QI necessário para adentrar esta área que, infelizmente, é um pouco restrita. Mas não custa tentar!

 

Clínica de animais selvagens

Das três clínicas, acho que esta é a mais complicada. Sim, o Brasil possui muita biodiversidade, mas não é por isso que você vai conseguir trabalhar com ela. Existem dois ramos principais: clínicos de animais silvestres e selvagens e clínicos de animais exóticos.

Se você gosta de se aventurar por aí atrás de bichos novos, seu assunto são os animais silvestres e selvagens. Para adentrar à esta área você tem que ser muito corajoso, em todos os sentidos. Aqui, você poderá trabalhar em zoológicos, parques, IBAMA e projetos. Todos infelizmente com um público veterinário restrito e muitas vezes com poucos recursos. Mas isso não significa que você não possa tentar exercer a profissão fora do país ou tentar lutar contra o sistema! A vantagem e desvantagem é que boa parte das oportunidades são por meio de concurso público. Aí só resta você ficar de olho!

Você também pode trabalhar com animais exóticos, que são aqueles “liberados” para criação domiciliar. Essa área está crescendo e a demanda por médicos veterinários especialistas também. Proprietários de exóticos costumam ser mais cuidadosos, e o trabalho do veterinário especialista é essencial, mas ainda pode ser difícil conseguir emprego.

Outra área bacana que o veterinário pode meter o bedelho é a parte de consultoria ambiental que, a princípio, é do engenheiro ambiental e do biólogo, mas que o vet pode também pode ajudar, em estudos de fauna, por exemplo.

 

Laboratórios (patologia clínica, patologia especial, microbiologia, etc.)

Embora o forte dos laboratórios veterinários sejam as universidades, existem muitos laboratórios particulares por aí. Não sei como é exatamente o mercado de trabalho na iniciativa privada, mas posso lhe garantir que pouquíssimos alunos se formam pensando em se especializar nessa área, o que acaba criando um déficit no mercado de profissionais que realmente manjam do assunto.

Outro ponto negativo desta área, principalmente na patologia clínica, é que alguns clínicos utilizam serviços de laboratórios humanos pois são mais baratos, e isso diminui o mercado de trabalho para os laboratórios especializados. Mas parece que esta realidade está mudando, já que os resultados de humanos não são fidedignos para animais, além da atuação constante da vigilância sanitária.

 

Inspeção de carne e leite

Se você quer ser um veterinário rico, opte por esta área. Brinks. Mas tenha em mente que você precisará estudar muito, provavelmente o dobro do que está estudando agora, principalmente se almeja cargos estaduais ou federais em concursos públicos. Só que onde existe dinheiro, existe concorrência, e é aí onde o processo se torna mais difícil. Pode ser mais fácil conseguir emprego em serviços de inspeção municipal, mas aí o salário abaixa exponencialmente (e bota exponencial nisso).

Outra alternativa é você trabalhar para frigoríficos, laticínios e outras empresas do ramo, na qual a presença de um veterinário é obrigatória. Acredito que varie muito da região, mas você terá chances de crescer muito na profissão.

 

Suinocultura, avicultura, ovinocultura e demais “culturas”

Essa é, com certeza, uma área predominantemente do zootecnista, mas que o veterinário pode exercer e ter um papel fundamental, principalmente pois a procura por este tipo de serviço é relativamente pequena por parte dos veterinários. Se você pretende mexer com isso, trate de procurar os professores da área, pois além de conseguir muitos contatos, estas áreas são abundantes em vagas de estágio e até mesmo mestrado.

Cooperativas e empresas de nutrição têm buscado constantemente médicos veterinários aptos a trabalhar com estas espécies. E aí também entra a especialização: existem profissionais que trabalham com a nutrição especificamente de suínos, por exemplo.

Um adendo importante é em relação à piscicultura, que a maioria dos veterinários nunca ouviu falar. É uma área específica do vet, mas que infelizmente tem pouquíssima procura e carece muito de mão de obra especializada!

 

Perito veterinário

Achei interessante comentar sobre o assunto, porque parece que ele está surgindo como um boom. Para ser um veterinário perito você precisa necessariamente fazer concurso público, ou em casos raros trabalhar de freelancer para a justiça. Precisa entender de tudo, de todas as áreas, mas parece ser uma profissão muito promissora ($$$) assim como os veterinários da polícia federal e civil, mas infelizmente os concursos também são muito concorridos (muito mesmo!).

Detalhe para os médicos veterinários do exército, que também realizam concursos públicos (concorridos também) e que trabalham com equinos, silvestres ou cães.

 

Marketing e comércio

Essa área é muito ampla, está sempre em constante expansão. Seja com a venda de produtos de petshop, medicamentos, rações e várias outras coisas, o veterinário pode se dar muito bem se possuir o dom do comércio. O marketing é essencial nesse quesito, e o profissional precisa ter boa noção de publicidade. Vários colegas trabalharam com isso e, a grande maioria, sempre se sentiu satisfeito. O Humberto escreveu um artigo muito legal sobre a área comercial.

Vale a pena ressaltar as empresas de consultoria às clínicas veterinárias, que vêm ganhando cada vez mais poder no mercado, e com razão. Seja consultoria em administração, marketing ou vendas.

 

Carreira acadêmica

Esta é uma das opções de boa parte dos estudantes, e vem crescendo muito, tanto em oferta de bolsas como em procura por elas. A vantagem é que, além de você se especializar com um mestrado ou doutorado, você poderá iniciar a docência em faculdades particulares e públicas. Geralmente o retorno financeiro é muito bom, mas temos que levar em consideração que para a formação de um doutor são necessários, em média, 8 anos de muito estudo e dedicação!

 

 

SOBRE O CURSO: Médico veterinário

Além da prática clínica aos animais, o profissional trabalha com produção animal, saúde pública (como no controle de zoonoses), melhoramento genético, bem-estar animal, entre outras áreas. Outras atribuições são o planejamento, a execução e a avaliação de programas que envolvam a saúde animal, tais como saneamento ambiental e erradicação de doenças parasitárias. Executa também a inspeção sanitária e tecnológica dos produtos de origem animal e de seus derivados, gerenciando e avaliando programas em saúde.

Principais áreas de atuação:

- Clínica de animais domésticos

- Clínica de grandes animais (cavalos, bois, etc.) em fazendas e propriedades rurais

- Clínica de animais silvestres

- Controle do beneficiamento de produtos de origem animal em agroindústrias

- Defesa sanitária

- Saúde pública

- Desenvolvimento e produção de medicamentos e produtos biológicos de uso veterinário

- Desenvolvimento de biotecnologia

- Melhoramento genético

 

ENSINO

Número de faculdades

168

Melhores cursos

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Botucatu - SP), Universidade Federal de Minas Gerais (belo Horizonte), Universidade Federal de Mato Grosso (Sinop)

Vagas disponíveis por ano

16.657

Duração do curso

5 anos

Candidatos

69.362

Candidatos/vaga

4,16

Formandos por ano

6.229

Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/guia-de-profissoes/medicina-veterinaria/4ee2168efb3b72f05700003e.html

 

Quem recruta estagiários

- Empresas de produtos veterinários.

- Fábricas de ração.

- Fazendas.

- Clínicas particulares.

- Centrais de inseminação.

- Matadouros e laticínios.

- Zoológicos.

- Faculdades de Veterinária.

- Indústrias.

 

Profissionais no mercado: 79.339

Exigências para atuar na profissão 

- Ter diploma de graduação em Medicina Veterinária.

- Estar registrado no Conselho Regional de medicina Veterinária.

Regulamentação: Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968.

Ganho inicial (média mensal): Cerca de R$ 2 mil.

Ganho escalão intermediário (média mensal): De R$ 2,6 mil a R$ 4 mil.

Ganho no auge (média mensal): De R$ 5 mil a R$ 7 mil.

Atividades do início de carreira

- Análise de impacto no meio ambiente.

- Comércio de produtos veterinários.

- Clínica de pequenos, médios e grandes animais.

- Inspeção sanitária animal.

- Fomento e pesquisa.

- Experimentação animal.

- Laboratório de análises de alimentos, produtos químicos e biológicos, manipulação de medicamento e produtos de embelezamento animal.

- Diagnóstico e doenças animais.

- Laboratórios e farmácias de produtos veterinários.

- Reprodução animal.

 

Evolução da profissão

Em empresas, o profissional pode chegar a cargos de gerência e direção. Como autônomo, é possível tornar-se dono de clínica própria ou seguir a carreira de docente.

 

Auge da carreira: De cinco a sete anos.

 

Dicas:

- Conhecer bem a profissão antes de entrar na faculdade é importante para não frustrar as expectativas. O estudante deve conversar com vários profissionais e ler muito sobre a profissão.

- Já na graduação, o aluno deve envolver-se em atividades complementares, como pesquisa, monitoria, estágio, visitas técnicas, encontros científicos.

- Após a formatura, o profissional conta com uma vasta gama de opções para a sua atualização. O mercado de trabalho tem valorizado profissionais com residência, pós-graduação, bons conhecimentos em inglês, espanhol e informática.

- O profissional deve manter-se atualizado por meio de leitura de periódicos nacionais e internacionais e da participação em congressos, encontros, simpósios, grupos de discussão, eventos em que também pode manter uma boa rede de relacionamento com profissionais da área.

 

Por: Profa Patricia Oliveira - Docente do curso de medicina veterinária da Uninassau João Pessoa.

29 Julho
Nutrição
'Alimentos que melhoram a qualidade vida do autista'
Por Adriana Braz

Na última sexta feira, dia 26/07/2019, o Curso de Nutrição da UNINASSAU João Pessoa ofertou à comunidade acadêmica e geral um CAPACITA com oficina prática de aimentos que podem melhorar a qualidade de vida de Autistas. Foi um sucesso! As Professoras Doutoras Joana Leite e Helena Diniz montaram um conteúdo teórico, explicando o espectro do Autismo e como a Nutrição, com seus diversos ingredientes alimentares, podem melhorar a qualidade de vida desta população. Num segundo momento, os participantes foram para o Laboratório de Práticas Gastronômicas onde puderam colocar em prática a elaboação das receitas com os ingredientes de sala de aula. Os pratos foram os seguintes:

- Leite de Côco caseiro;

- Bolo de Chocolate;

- Bolinho de carne

- Pizza integral

Abaixo estão algumas fotos do evento.

24 Julho
Ação social
Dia da hipertensão
Por Adriana Braz

No dia 24 de julho de 2019, alunos dos Cursos de Nutrição e Enfermagem participaram de uma Ação Multidisciplinar de Saúde de Combate à Hipertensão Arterial, chamada de Campanha da Hipertensão, com os funcionários do PBPREV da Cidade de João Pessoa. Nesta ação podemos levar o nosso Projeto de Avaliaçõ Nutricional e EDucação alimentar, só que de forma direcionada, com aonselhamento para prevenção desta patologia.

Abaixo estão algumas fotos do Evento.

Gostaria de Agradecer a Professora Joana Leite pela coordenação do nosso Projeto de Extensão e Às alunas ue se dispuseram a participar da ação.

24 Julho
Estética e cosmético
Curso de férias: Associação de tratamento para lipodistrofia
Por Ivana Santos

No último dia 23 tivemos o curso de férias intitulado: Associação de tratamentos para lipodistrofia, ministrado pela professora Anne Carcelina. A ocasião foi discutido todo o processo fisiopatológico da Lipodistrofia, como também abordado a teoria dos principais recursos terapeuticos. Em seguida, foi realizado atendimentos práticos para que as participantes pudessem vivienciar os protocolos discutidos, sendo esse atendimento realizado entre elas. Foi um momento muito rico de aprendizado que finaliza os cursos de férias desse semestre.

Na galeria, você confere algumas imagens do curso

23 Julho
Estética e cosmético
Capacita 2019.2: Noções de massagem relaxante
Por Ivana Santos

O projeto CAPACITA, faz parte dos projetos institucionais do nosso grupo educacional, o SER educacional, ele tem o objetivo de capacitar a comunidade em diversas áreas, dentre elas: saúde, humanas e exatas. Fornecendo cursos rápidos de capacitação de forma GRATUITA e com emissão de certificados, o capacita torna-se uma referência em nossa região.

Nesse último dia 22 de julho de 2019, o curso de Estética e Cosmética, promoveu no projeto CAPACITA, o curso de NOÇÕES DE MASAGEM RELAXANTE, ministrado pelo professor Heber Mendes, que obordou a teoria e prática de forma fácil e com a linguagem acessível à comunidade.

 

22 Julho
Estética e cosmético
Curso de férias: 'Produção de Formulações de Higienização'
Por Ivana Santos

Tivemos no último dia 18 de julho o curso de férias: Produção de formulações para higienização, do curso de Estética e Cosmética da UNINASSAU João Pessoa. No curso as alunas desenvolveram cosméticos que promovem a higiênização do rosto e do couro cabeludo, e estes serão usados nas aulas práticas do próprio curso no semestre de 2019.2.

 
Com o objetivo de ampliar os conhecimento das alunas em relação a cosmetologia, o professor René Monteiro, desenvolveu algumas formulações com abordagem aprofundada nas ações dos princípios ativos utilizados.
 
Foi uma noite de muito conhecimento e troca de experiências, confira na galeria algumas imagens do curso.

22 Julho
Artigo
Bem-estar animal - você sabe o que significa?
Por Beto Coral

Definição

            Bem-estar animal é um tema bastante recorrente em debates sobre saúde animal na medicina veterinária e vem sendo discutido nos últimos anos em todo o mundo. Mas você sabe o que este termo significa?

            Bem-estar animal se refere a um estado de conforto físico e mental, proporcionado pela satisfação das necessidades básicas dos animais; onde haveria ausência de fome, sede, estresse, doenças, frio, calor, entre outras adversidades, e o animal estaria apto a apresentar o comportamento normal/natural de sua espécie.

            Como os animais possuem senciência, (reconhecida pela União Europeia desde 2009), ou seja, sentem emoções como dor, medo, estresse e felicidade, o estudo do bem-estar animal torna-se relevante e necessário, para não permitir ou ao menos minimizar o sofrimento dos animais, evitando estresse e doenças, aumentando assim a qualidade de vida dos mesmos.

            Na cadeia produtiva dos animais de interesse zootécnico, (criados para produção de alimentos), as ações promotoras do bem-estar animal estão sendo cada vez mais valorizadas pelo consumidor, que está exigente e interessado em saber a procedência dos alimentos obtidos. Algumas propriedades, por estarem de acordo com as normas de bem-estar animal, obtêm certificados que asseguram a efetividade dessas medidas. Isso agrega valor ao produto e também à propriedade, que se preocupa com o modo de criação desses animais.

 

Breve histórico

            Em 1964, a médica veterinária e jornalista Ruth Harrison, publicou o Livro “Animal Machines”, fruto de sua pesquisa sobre os sistemas de produção dos animais, no qual comparava a forma de criação dos animais a uma fábrica de produção de máquinas. Esta publicação foi um marco, pois instigou as pessoas a começarem a refletir sobre a forma como os animais eram tratados.

            No ano seguinte, para esclarecer questões suscitadas pela sociedade - que agora estava consciente do descaso a que muitas vezes os animais estavam propensos - o governo britânico instaurou um comitê para avaliar os modos de criação aos quais os animais eram submetidos. O relatório divulgado pelo Comitê Brambell (Relatório Brambell) inspirou o conceito das Cinco Liberdades do Bem-estar Animal.

 

Mas o que são as Cinco Liberdades?

 

            O conceito das Cinco Liberdades é utilizado em todo o mundo e serve como meio de diagnosticar e medir o bem-estar animal, norteando o seu estudo e também as ações de fomento ao tema, garantindo que as necessidades físicas e psicológicas dos animais sejam respeitadas e atendidas. Foram instituídas em 1979, pelo Conselho do Bem-estar dos animais de Fazenda (Farm Animal Welfare Council – FAWC) e são utilizadas até hoje. Estão listadas a seguir com uma breve descrição do seu significado.

 

1. Liberdade de fome e de sede

            A liberdade nutricional pretende garantir aos animais acesso ao alimento e à água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o seu desenvolvimento, evitando desequilíbrios como desidratação; obesidade em animais de companhia ou animais de produção com peso abaixo do ideal para a respectiva idade e estado fisiológico, por exemplo.

 

2. Liberdade de desconforto

            A liberdade ambiental visa propiciar aos animais, condições ideais de abrigo, onde possam estar protegidos das intempéries climáticas. Animais de companhia devem estar abrigados do sol e da chuva e animais de produção devem estar alojados em instalações construídas com materiais adequados (telhado, piso), apropriados ao ambiente e à espécie para evitar desconforto térmico por frio ou por calor; bem como animais soltos no pasto devem ter acesso à sombra.

 

3. Liberdade de dor, injúria ou doença

            A liberdade sanitária pode ser garantida, por exemplo, através da atuação dos médicos veterinários na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz de patologias acometidas aos animais. A vacinação é uma forma importante e eficiente de garantir essa liberdade, além de diminuir o risco de transmissão de doenças dos animais para os seres humanos (zoonoses), garantindo o bem-estar único, que leva em consideração o bem-estar dos animais, dos seres humanos e o respeito ao meio ambiente. Outro meio de promover a liberdade de dor é através do uso de anestesias em procedimentos invasivos, como na castração de animais de produção, entre outros.

 

4. Liberdade para expressar seu comportamento normal

            Os animais têm assegurada a liberdade comportamental, por exemplo, quando estão alojados em instalações com densidade adequada (sem superlotação), que permitem movimentação normal. Animais de companhia precisam ser criados em espaços adequados, que permitam seus comportamentos naturais e alguns necessitam de interação social com outros animais da mesma espécie. Animais de produção em confinamento muito restritivo podem apresentar comportamentos repetitivos anormais, indicativos de baixo grau de bem-estar.

 

5. Liberdade de medo e estresse

            A liberdade psicológica visa evitar que os animais passem por situações que lhes causem sofrimento e sentimentos negativos. Um exemplo disso é o momento do transporte para animais de produção, situação que pode causar grande apreensão nos mesmos. Para minimizar esse estresse, existem diversas medidas que devem ser tomadas, como a utilização de veículos adaptados para cada espécie, densidade correta de animais dentro dos veículos, uso de piso antiderrapante, melhor controle da temperatura e da ventilação em caminhões fechados, treinamento de condutores, entre outras.

 

Considerações finais

            É importante conscientizar a população acerca das ações capazes de promover bem-estar, a fim de aplicá-las aos seus animais de companhia, assim como investigar sobre a procedência dos produtos de origem animal adquiridos, valorizando as propriedades que estejam de acordo com as normas do bem-estar animal. Dessa forma, serão garantidas melhorias na qualidade de vida dos animais, o que impacta de modo positivo na vida dos seres humanos e na sustentabilidade ambiental, propiciando o fomento do bem-estar único.

 

Prof.ª Dr.ª Nayanne Lopes Batista Dantas.

Médica veterinária, Doutora em Medicina Veterinária.

Docente do Curso de Medicina Veterinária da Uninassau João Pessoa

19 Julho
Estética e cosmético
Horário de aula 2019.2
Por Ivana Santos

Segue os horários de aula do semestre de 2019.2, os horários também foram enviados para o e-mail de todos os alunos do curso de Estética e Cosmética, para os grupos de Whatsapp dos representantes de turma e anexado nas salas de aula.

 

Um excelente finalzinho de recesso a todos e até a volta!!!

19 Julho
Engenharia civil
Confira o período de rematrícula
Por Manoella Maria

Não perca o período de rematrícula, que deve ser feita pelo Portal do Aluno. No período de 10 a 31 de julho, será liberado o ícone (rematrícula) para acesso. Atualize os dados e faça sua rematrícula para 2019.2!

18 Julho
NUTRIÇÃO
Unidade promove mini curso de extensão neste mês
Por Adriana Braz

Renovem a matrícula para 2019.2 e se inscrevam no Mini Curso de Interpretação de exames aplicados à Nutrição, com a nossa Professora Doutora Juliana Padilha, que é especialista em nutrição Clínica. Vagas limitas! Inscrições podem ser realizadas no site. Participem!