Faculdade Maurício de Nassau UNINASSAU | Ser Educacional
16 Junho
MATÉRIA
Estudos investigam trajetória do HIV pelo mundo
Por Erica Soares

1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987, quando a síndrome já era reconhecida como um desafio de amplas proporções. Mas, por quais caminhos o vírus se espalhou silenciosamente nos continentes antes de ser identificado como causador de uma doença que preocupa o mundo? Uma série de estudos liderados pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vem ajudando a desvendar esse período ainda pouco claro da história do HIV, quando o vírus circulava nas Américas e na Europa, mas os primeiros casos de Aids ainda não haviam sido diagnosticados. O alvo de interesse são as chamadas linhagens caribenhas do subtipo B do HIV-1 (HIV-1 B), variantes genéticas pouco estudadas do vírus. O vírus ancestral que deu origem ao HIV-1 B, o mais prevalente nas Américas e Europa, parece ter saído da África e se estabelecido em ilhas do Caribe nos anos 1960. Do Caribe, o HIV-1 B se disseminou para os Estados Unidos e, a partir do território americano, alcançou outros continentes, estabelecendo a linhagem pandêmica do HIV-1 B. Os estudos liderados pelo IOC/Fiocruz apontam que, na mesma época, outras linhagens do HIV-1 B foram disseminadas do Caribe para outros países no mundo, mas tiveram baixa propagação. A exceção é um limitado grupo de países da América Latina, incluindo regiões do Norte e Nordeste do Brasil. Situações inesperadas como esta mostram que, da regra à exceção, os múltiplos contextos da epidemia de Aids precisam ser investigados.

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